A decisão do ICNF, para mim, era a esperada.
Deste Instituto Público, que recebe todas as taxas geradas pelo setor cinegético, pouco ou nada podemos esperar a favor da caça. Tem sido assim desde há vários anos.
Sobre as centenas de milhares de euros entregues ao ISA (Instituto Superior de Agronomia) para o Projeto ProRola1, eu – que até acompanho profissionalmente estas coisas – nada sei. Mesmo tendo participado em várias apresentações e colóquios do referido Projeto.
Onde estão os relatórios? Foram tornados públicos?
Todos nós, caçadores, também somos culpados.
Poucos são os que aparecem no local certo e na hora certa. Onde? Nos tais colóquios, onde vão os responsáveis pelo setor; é aí que nos devemos fazer ouvir.
Sempre tive a preocupação de trazer à revista as notícias sobre o que se passa no nosso setor, ouvindo todos os intervenientes e dando-lhes espaço para comunicar. Mesmo que por vezes não concorde com a posição tomada por alguns deles. A revista serve para isso mesmo, tornar público.
Muitas vezes não concordo com a atuação das OSC, mas neste caso – da rola –, acreditem, tudo fizeram para tornar possível a abertura da caça a esta espécie cinegética.
E isto não vai ficar por aqui!
A seguir à rola outras migradoras virão.
Não pensem que ficando calados, sem “levantar a lebre” – como muitos pensam – a coisa fica esquecida por aqueles que são contra (e odeiam) a caça. Esses têm bem definida a sua missão. Enquanto nós, caçadores, andamos sempre muito ocupados… vamos caçando. Esse é e continuará a ser o nosso problema.
Precisamos de associações mais fortes, como acontece em Espanha, em França e Itália, os países onde vão caçar à rola.
Somos nós os únicos que lhes podemos dar essa força.