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Estes são os dados mais recentes publicados num estudo feito sobre o impacto económico, social e ambiental da atividade cinegética em Espanha. Este estudo, realizado pela consultora Deloitte para a Fundação Artemisan, com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA), concluiu que a caça gera anualmente um total de 10.190 milhões de euros de Produto Interno Bruto (PIB) em Espanha e contribui para a manutenção de 199.000 postos de trabalho, gerando 45.642 empregos diretos.

A notícia é avançada pelo Eco Sapo, que refere que foram inquiridos mais de 6.500 pessoas ligadas ao mundo da caça, desde caçadores, gestores, cotos, etc. Neste estudo concluíram ainda que o Estado arrecada cerca de 1.200 milhões de euros em impostos, anualmente. Além disso, o estudo concluiu também que a caça contribui diretamente para a luta contra o despovoamento, uma vez que 80% dos empregos diretos que gera se situam nas zonas rurais; 32,6% dos caçadores vivem em municípios com menos de 5.000 habitantes (a caça é um um critério para viverem aí); nessas localidades, ao mesmo nível que as razões familiares.

Para quem teve oportunidade de visitar mais uma edição da Ovibeja e foi ao Pavilhão da Caça, onde se encontravam várias associações, como o Clube Português de Monteiros (CPM) ou a Federação Alentejana de Caçadores (FAC) ficou deslumbrado. Com a presença (que não é habitual) da caça na Ovibeja mas, sobretudo, pela forma como apresentaram esta atividade à população. É caso para dizer: a caça brilhou na Ovibeja, tal como o CPM referiu.

Podemos ler, numa publicação no Facebook feita pelo CPM o seguinte:

“A Caça brilhou com grande intensidade na Ovibeja-2025!

*O Pavilhão “Caça, Natureza e Biodiversidade”* , da responsabilidade da construtiva e eficiente parceria entre CPM (Clube Português de Monteiros) e FAC (Federação Alentejana de Caçadores), atraiu incontáveis visitantes que interagiram com permanente entusiasmo com os expositores presentes, sob o lema *“A Caça é Natural”*.

Centenas de jovens tomaram pela primeira vez contacto com a verdadeira natureza da Caça sustentável, transmitida de forma didáctica e pedagógica (também através de jogos e passatempos diversos) por parceiros de excelência no âmbito da Caça e da Conservação como a Tapada de Mafra, a Herdade da Contenda, o Vale do Guadiana e a Herdade de Vale Feitoso.

A Escola Profissional ALSUD, a Falcoaria, a Associação Portuguesa de Matilhas de Caça Maior (APMCM), o ICNF e a CIMBAL também deram especial atenção aos jovens, ajudando-os a perceber que, longe de ser o que os seus inimigos dizem dela, a Caça é uma actividade nobre, natural e indispensável para garantir nos territórios um equilíbrio harmonioso entre o Homem e a Natureza.

Captando o significado profundo de “Biodiversidade”, todos compreenderam que só o exercício da Caça sustentável pode garantir a existência e a saúde das populações de animais selvagens, que o lince ibérico estaria hoje extinto não fôra a intervenção dos caçadores, e que a aguia imperial ou o abutre negro não sobreviveriam sem o seu cuidado.

A promoção da nossa carne de caça sob o lema *“Cozinhas do Mundo”* permitiu aos visitantes desfrutarem com enorme agrado de momentos diários de showcooking proporcionados por três equipas locais de reconhecidos chefs portugueses que também são caçadores.

Dois relevantes momentos de debate foram o Colóquio *”Caça maior – fragilidades, estrangulamentos e alternativas”* , com intervenções de Nuno Vacas, Rui Correia, Ricardo Estrela e João Acabado, e o Workshop “ *O lince e o abutre negro, espécies a preservar”* , moderado pelo director regional do ICNF José Calado com intervenções de Pedro Rocha (H. da Contenda) e Pedro Sarmento (Projecto Lince).

Procedemos à apresentação publica em Portugal do livro *“Covarsi, el legado”* , da autoria de Alberto Covarsi, bisneto de um dos mais extraordinários caçadores ibéricos de caça maior de todos os tempos.

Todos os dias a Ovibeja foi agradavelmente surpreendida ao ser percorrida por um matilheiro de caça maior em “traje de gala” acompanhado da sua caracola e de dois podengos grandes e belos. Obrigado, Ricardo, obrigado Roberto!

A FAC foi a responsável pela magnifica organização do *“Troféu Arménio Lança”* , concorridíssima Prova de Santo Huberto sobre cães de parar que foi também um enorme êxito. Parabéns, parceiro Nuno!

No final, um Pavilhão original – totalmente diferente do usual e com expositores bem conscientes da responsabilidade do momento – conseguiu marcar a diferença na comunicação com as pessoas a propósito da Caça sustentável.

Temos plena consciência que a nossa mensagem passou, e que muita gente, incluindo os jovens, passou a ver doravante a Caça de forma bem mais positiva.

Ficámos felizes por isso. E se estamos profundamente gratos a todos os parceiros, expositores e amigos que constituíram a extraordinária equipa que contribuiu para a enorme Festa proporcionada pela Caça na Ovibeja 2025, é da mais elementar justiça reconhecer publicamente que, se cada um de nós fez um pouco, o nosso querido Luís Filipe Sobral fez o resto…

Obrigado a todos. Parabéns a todos.

Viva a Caça!”

Para além disso, figuras de destaque, como o Presidente da República ou o Secretário de Estado da Agricultura estiveram presentes neste Pavilhão.

No dia 3 de maio, por volta das 10h30, decorrerá a apresentação do livro Covarsi “El legado”, na Sala de edifício Acos, inserido na Ovibeja, em Beja.

Mais um ano, mais uma edição! De 9 a 11 de maio, decorre a Expocaça, no Cnema, em Santarém, e promete muitas novidades!

Com uma série de atividades programadas, a Expocaça promete novidades, muitos expositores e eventos para toda a família, desde provas, demonstrações, debates, lançamento de livros, conferências e concursos de matilhas.

Para mais informações, pode consultar o site oficial AQUI.

Vemo-nos na Expocaça?

De 26 e 27 de abril, realiza-se mais uma edição da Feira de Caça – Terras de Sicó, na localidade de Degracias.

Esta feira que pretende promover a caça, o mundo rural, o território, a cultura rural e os sabores da região, vai ter 97 expositores de criadores caninos, um concurso de beleza para cães e 32 stands de venda. No domingo de manhã realiza-se uma “cãominhada cinegética”, entre a feira e a Igreja, onde decorrerá a bênção dos animais. Ao longo desta Feira haverá mais de 60 prémios para entregar nestes concursos de cães. Haverá ainda uma Prova de Santo Huberto e uma Prova de Tiro aos Pratos. O espaço contará ainda com zona de restauração.

A Fundação da Casa de Bragança tem feito uma grande intervenção na área da conservação em alguns exemplares que integram a sua coleção de caça, no âmbito das funções de conservação do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança.

Segundo a Rádio Campanário, entre abril e dezembro de 2024 foram restaurados, por uma equipa de especialistas, 152 exemplares. As intervenções foram em diversas áreas, desde restauros osteológicos, taxidermias e peles. Esta coleção é composta por várias espécies provenientes das coleções reais e doações de colecionadores privados.

Toda esta coleção pode ser visitada no núcleo da caça no Castelo de Vila Viçosa, de 3.ª Feira a Domingo.

No dia 10 de maio, o CPDK vai organizar uma Prova de Santo Huberto, inserida na feira anual de caça em Santarém, a Expocaça.

Esta é uma prova aberta a todas as raças e as inscrições (que são limitadas) estão abertas até 6 de maio.

As provas decorrerão na Herdade da Agolada de Cima mas depois o almoço e entrega de prémios terá lugar na Expocaça.

No dia 4 de maio, decorre uma prova de Santo Huberto intitulada “Troféu Arménio Lança”, que pretende homenagear o Homem que foi um dos impulsionadores e uma das principais referências das Provas de Santo Huberto em Portugal.

Este evento irá realizar-se em Beja, e tem a concentração marcada para as 6h15 na Sede do Clube de Caça e Pesca de Santa Clara do Louredo.

Podem inscrever-se, enviando um email para [email protected]

O valor das inscrições é de €50 (incluindo pequeno-almoço e almoço); e a organização refere que há um preço especial para jovens até aos 25 anos e concorrentes do sexo feminino: €3.

Participem!

Após quatro anos de investigação, foram publicados os resultados do projeto SAFE – Stop Atropellos de Fauna en España, liderado pela Estación Biológica de Doñana – CSIC. Este estudo forneceu dados sobre a mortalidade de vertebrados nas estradas, informação que não havia anteriormente.

Os valores estimados são alarmantes: entre 18 e 55 milhões de vertebrados são mortos anualmente nas estradas espanholas. No entanto, os investigadores advertem que os números reais podem ser ainda mais elevados devido à dificuldade de registar todos os casos.

Para oferecer uma perspectiva mais ampla e precisa, o Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico lançou o projeto SAFE. Este estudo permitiu registar os atropelamentos em todo o território espanhol através de uma metodologia rigorosa que corrigiu os vieses associados à recolha de dados. Um dos aspectos mais inovadores do projeto tem sido a utilização da ciência cidadã para recolher dados em grande escala. Segundo a Jara Y Sedal, Marcello D´Amico, investigador do CSIC referiu que “O SAFE é o primeiro projeto do mundo a investigar atropelamentos à escala nacional através da ciência cidadã. A participação dos voluntários tem sido crucial. Sem eles, não teríamos conseguido alcançar a distribuição geográfica ao longo do tempo que tivemos”. Durante um ano, os voluntários seguiram itinerários pré-definidos a pé, de bicicleta ou de carro, registando os atropelamentos através de uma aplicação móvel. Graças ao seu envolvimento, foram recolhidos dados em 304 locais em 45 províncias espanholas entre outubro de 2020 e março de 2024.

Um dos maiores desafios do estudo foi a estimativa exacta da mortalidade real, visto que um dos principais problemas identificados é o facto de os animais mortos na estrada nem sempre permanecerem no local do impacto. Em muitos casos, podem ser deslocados por veículos, removidos por necrófagos ou eliminados pela manutenção das estradas. Outro fator determinante é a eficácia da deteção das carcaças. As espécies de pequeno porte ou com cores semelhantes ao asfalto são mais difíceis de identificar, o que leva a uma subestimação dos registos.

Os investigadores confirmaram que os anfíbios são o grupo mais vulnerável. A sua elevada mortalidade deve-se ao facto de terem tendência para se deslocarem lentamente e de muitas espécies efetuarem migrações sazonais em massa, atravessando as estradas em grande número. Os lagartos também têm uma elevada taxa de mortalidade nas estradas, o que pode ter consequências graves para a sua conservação, uma vez que tendem a receber menos atenção nos programas de monitorização. Outro grupo particularmente afetado é o das pequenas aves, cuja presença nas bermas das estradas as torna particularmente vulneráveis ao atropelamento. Outros grupos, como os micro-mamíferos, coelhos, lebres e carnívoros, registam igualmente taxas de mortalidade elevadas.

Os resultados do estudo sublinham a urgência de adotar medidas de conservação para reduzir a mortalidade da fauna selvagem nas estradas espanholas.

Fonte: Jara Y Sedal

No fim de semana de 12 e 13 de abril, realiza-se mais uma edição da Monográfica do perdigueiro português, na Companhia das Lezírias.

Haverá várias provas de trabalho, como TAN, Juniores ou Classe Aberta, bem como prova de Santo Huberto. Além disso, no sábado, haverá ainda a exposição de morfologia. A concentração está marcada para as 07h30, na Casa das Queijadas (Porto Alto).

Pode aceder ao programa completo: