Viagens de Caça
África, palavra mítica para qualquer caçador, cheia de mistério e sonhos de aventuras. Talvez e liputas… seja mais que um pedaço de terra, mais que um continente, talvez seja um estado de espírito, porque a sua fauna variada e a beleza única das suas paisagens são capazes de prender a atenção e o imaginário de qualquer pessoa, mesmo daqueles que nunca lá estiveram..
Texto: João Corceiro
Fotos: Autor e Licínia Machado
O sonho de um Safari no Continente Negro é para muitos caçadores um lugar comum, mesmo que não tenham essa possibilidade, nalguma altura da sua vida terão pensado em como seria caçar em África. Para aqueles que já lá caçaram
é quase certo que ficaram encantados e querem voltar. Quando no final do seu primeiro Safari, perguntaram a Ernest Hemingway que planos tinha para o futuro, Don Ernesto respondeu “ganhar dinheiro suficiente para voltar a África”. Creio que a minha vida também se rege por esse mesmo princípio! O primeiro Safari Muitos caçadores pedem‑me conselhos para um primeiro Safari, qual o melhor país, o que caçar, que arma e que calibre devem usar e muitos outros detalhes. Não há respostas completamente corretas, não há soluções infalíveis, mas tento dar‑lhes a minha opinião, falar de algumas das inúmeras possibilidades, das minhas experiências e sobretudo desejo que não se sintam defraudados e que vejam os seus sonhos cumpridos, tal como eu vi os meus. Nenhum caçador tem mais expetativas, que aquele que faz o primeiro Safari, é
a descoberta de um mundo novo em que vai ser muito feliz… Na primeira caçada em África, a opção mais comum é um Safari
de antílopes. Alguns chamam‑lhes caçadas de iniciação, definição com que discordo porque são Safaris que mesmo os caçadores mais experientes repetem muitas vezes. Atualmente, quatro em cada cinco caçadas feitas em África são Safaris de antílopes e posso garantir‑lhes que a maior parte dos caçadores que visitam o Continente Negro não são estreantes. De qualquer forma esta será a caçada mais recomendável, para quem se inicia nestas andanças, por ser a mais acessível em termos económicos e porque nos permite ambientar de forma tranquila a um contexto completamente diferente, o maravilhoso mato africano. No evento para angariação de fundos, da apresentação do meu livro, havia um Safari de Sable
e outros antílopes, na África do Sul, oferecido pela Schoongezicht Safaris e um amigo, o Luís de Almeida, lutou por ele de
forma rija até ao fim. Este seria o primeiro Safari do Luís e ao que parece, queria mesmo muito fazê‑lo comigo..
O Luís é um colega meu, bastante mais novo que eu. Há mais de dez anos, quando entrou para a companhia aérea onde trabalhamos, voou como meu copiloto várias vezes. As conversas sobre caça e sobre África acabam sempre por surgir, o que também aconteceu com este amigo. Na primeira vez que voámos, dei‑lhe a ler o artigo que estava a escrever na altura, sobre a caçada do meu primeiro Elefante. Segundo ele, aquela história influenciou‑o muito e a partir daí quis ser caçador. Nos dias que correm é assim, muitos começam a ser caçadores mais tarde do que noutros tempos. Creio que há duas razões para que assim seja. Antes tínhamos uma relação mais próxima com o campo, para além disso, a caça atualmente exige alguma capacidade económica, que muitas vezes só se consegue alguns anos depois de começarmos a trabalhar. De qualquer
forma não tenho dúvidas que o instinto de caçador existe em muitas pessoas e quando têm contacto com a caça desperta imediatamente. Foi o que aconteceu com o Luís, que começou a caçar em Portugal algum tempo depois desse voo e acalentou o sonho de caçar em África até surgir este Safari!
Chegamos ao Limpopo
Foi assim, que alguns anos depois, voltámos a entrar num avião juntos, mas desta vez como passageiros. Cerca de um dia mais tarde, após muitas horas de voo e algumas de carro, chegámos ao Limpopo, no extremo norte da África do Sul, para que o Continente Negro revelasse os seus encantos ao meu amigo. À nossa espera estava outro grande amigo, o George Poetgieter, dono da Schoongezicht Safaris e o caçador profissional com quem caçaríamos. Esta parte de África é completamente plana, com algumas grandes pastagens abertas, mas sobretudo com matas cerradas de espinheiras. Um território muito parecido com o Cuando Cubango, em Angola, com as suas chanas e liputas. Em Afrikaans, a lingua dos Boers, Schoongezicht significa “o sítio bonito”, um nome que descreve bem aquelas paisagens. Depois de verificarmos as armas, começámos a caçar ao fim da tarde. A prioridade era a caçada do Luís, que pretendia mais do que nada caçar um Sable e um
Kudu, eu também ia tentar caçar um Elande e um Gnu. Estas quatro espécies são endémicas deste tipo de ecossistema, antigamente também existiam no Cuando Cubango, onde eram conhecidas por Palanca, Olongo, Gunga e Glengue. Na caça as coisas quase nunca acontecem como as planeamos e acabei por ser eu a ter a primeira oportunidade. Ao fim de algum
tempo vimos uma manada de Gnus, numa zona de transição entre uma chana e uma liputa, com alguns arbustos não demasiado densos, que permitiam ver bem os antílopes. Saímos do jipe e fizemos a aproximação aproveitando a vegetação. Descobrimos um bom macho e quando chegámos a cerca de cento e cinquenta metros preparei‑me para atirar. O Glengue estava de frente, apontei e disparei. Apesar de ter acertado, tive logo a sensação de que não foi um bom tiro, demasiado à direita. O macho saiu a correr com a manada e fomos até ao sítio onde estava, para começarmos a seguir o rasto. Encontrámos alguma erva já digerida, o tiro tinha sido mesmo muito mau… As coisas não podiam ter começado pior. Depois de toda a admiração do Luís relativamente a mim, o “mentor” tinha feito péssima figura. Mas isso era o menos importante, deixar um animal ferido no mato é das coisas que mais me custa. Seguimos o rasto até escurecer, mas o Gnu manteve‑
‑se sempre com a manada e nunca o alcançámos. Em dezanove anos a caçar em África, era a segunda vez que perdia um animal. Essa noite não foi fácil para mim…
Uma boa impala
Na madrugada seguinte começámos a caçar bem cedo. O início de Outubro é a altura mais quente do ano nestas paragens, por isso temos que aproveitar as primeiras horas, porque depois faz demasiado calor e os animais procuram as áreas mais fechadas, onde se mantêm até ao final do dia. Descobrimos um grupo de seis Sables numa pastagem, infelizmente nenhum era um bom troféu. Continuámos a nossa busca e passado algum tempo vimos dois Waterbucks magníficos, mas não faziam parte das escolhas do Luís. Quase duas horas depois encontrámos uma manada de Zebras e o meu amigo quis ir atrás delas.
Costumo dizer que as Zebras podem ser dos animais africanos mais difíceis de caçar, muitos ficam admirados, mas é mesmo assim. São sempre manadas com muitos olhos, narizes e orelhas em alerta, que nos descobrem com facilidade. Mas para além disso as Zebras têm uma resistência tremenda, correm grandes distâncias, se não as conseguimos surpreender numa zona aberta, dificilmente as conseguimos caçar no mato fechado. Fizemos várias tentativas durante todo o Safari e não conseguimos caçar nenhuma. Agora o Luís já sabe como é caçar Zebras e para a próxima vai ter mais sorte… A meio da manhã os animais costumam beber nas poucas charcas que ainda têm água, no final da época seca. Por isso é sempre boa ideia tentar caçar nessas zonas e foi o que fizemos. Seguíamos uma manada de Zebras que se encaminhava para uma delas,
quando o George conseguiu ver a cerca de duzentos metros umas manchas alaranjadas no meio das espinheiras, era uma manada de Impalas. Muito devagar e tentando fazer pouco ruído, o que também não é fácil com tudo tão seco, fomos
ganhando algumas dezenas de metros, parando, espreitando, tentando descobrir um bom macho e uma “janela” entre a vegetação densa, que permitisse atirar. Uma aproximação nestas condições é sempre extremamente difícil e o Luís não conseguia ver os bichos através da mira, estávamos a mais de cem metros, quando conseguimos arranjar uma posição razoável que permitisse o tiro. Mantivemo‑nos agachados e de joelhos, o Luís colocou a arma no tripé. Com a paciência necessária, eu e o George fomos dando as indicações para que o meu amigo conseguisse ver alguma coisa, através daquela cortina de ramos e espinhos. Aos poucos o Luís começou a distinguir os animais, agora já só precisávamos que aparecesse uma boa Impala. Levou algum tempo até que vislumbrámos um bom macho, o Luís também conseguiu distingui‑lo do resto da manada. As condições de tiro eram mesmo muito complicadas, mas o Luís estava tranquilo e quando o George me perguntou se lhe devia dizer para atirar, eu disse que sim… A Impala estava quase de frente e o Luís tinha pouca margem de
erro, mas apontou bem e disparou. A manada fugiu de imediato e no meio daquela confusão de Impalas aos saltos, tanto o Luís como o George não sabiam se o macho tinha caído, eu consegui ver que sim, foi um grande tiro. O Luís tinha acabado de caçar o seu primeiro animal africano, uma boa Impala, tal como tinha acontecido comigo e com muitos outros caçadores, nos nossos primeiros Safaris. Este clássico africano, foi um prémio mais do que merecido para o meu amigo!
Ética, gestão e conservação
Os dias foram passando e da mesma forma que houve alguns em que não conseguimos caçar nenhum bicho, também houve
aquele em que o Luís conseguiu os seus dois animais favoritos, o Kudu e o Sable, outros dois clássicos de África que disputam as preferências de muitos caçadores. Ao princípio dessa manhã descobrimos um grupo de Sables com nove machos, um deles espetacular, mas novo, a sua pelagem ainda não era completamente negra e o George resolveu deixá‑lo para daqui a uns anos. Aquela Palanca depois de deixar os seus genes naquela área de caça, um dia dará uma grande alegria a um caçador
sortudo. É assim a ética e a capacidade de gestão, de quem sabe o que tem de fazer na sua concessão de caça, para que possam existir grandes troféus. O meu amigo George faz um excelente trabalho, é por isso que Schoongezicht tem uma qualidade de troféus extraordinária. A meio da manhã regressávamos ao acampamento, quando descobrimos três Kudus. Apesar de nos outros dias termos visto algumas fêmeas com crias, eram os primeiros machos adultos que vimos e qualquer um deles era um bom exemplar, com longos cornos em espiral. Saímos do jipe e entrámos na liputa onde estavam os Olongos, é neste tipo de vegetação que este formidável antílope faz justiça ao outro nome pelo qual é conhecido, “o Fantasma Cinzento”. É espantosa a forma como se escondem nestas matas, mas desta vez acabámos por dar com eles. Depois de outra boa aproximação, o Luís fez de novo um tiro perfeito e mereceu mais um bom troféu. As suas expectativas iam sendo cumpridas a pouco e pouco, como convém! Ao final da tarde também descobrimos um Sable imponente, na
orla de uma liputa. O Kudu é um animal extraordinário, mas para mim nenhum antílope supera a beleza escultural de uma Palanca Negra. Vimos esta ainda longe e deu logo para ter a certeza que era enorme, ainda assim tivemos a oportunidade para avaliá‑la com calma. Era mesmo um Sable muito bom, com uns chifres simétricos, longos, grossos e com uma curvatura bonita, o sonho de muitos caçadores. Se fizéssemos as coisas bem feitas, o Luís iria conseguir um animal fantástico. Com o sol a desaparecer no horizonte e o vento a favor, fomo‑nos aproximando até cerca de cem metros e o Luís voltou a não falhar. Creio que esta Palanca, superou muito aquilo que o Luís esperava, a sua felicidade era grande e a nossa também. Todas as noites, os jantares e as conversas à volta da fogueira do acampamento, foram muito agradáveis, a boa disposição foi uma
constante. Não há nada melhor que o entusiasmo de alguém, que sem saber porquê nasceu caçador, quando descobre o lugar a que pertence. O George também explicou ao Luís o que se passa com o Rinoceronte na África do Sul e como é que o dinheiro deste Safari iria ajudar a proteger os Rinocerontes daquela área. Num dos dias o Luís teve a oportunidade de ver esse trabalho e creio que foi um momento muito importante para ele. Há mais de um século os caçadores salvaram o Rinoceronte
da extinção neste país, nos últimos anos quase parecia que tínhamos chegado de novo ao ocaso desta espécie, mas ainda não… os caçadores ajudam a que assim não seja. Mas essa é outra história para eu contar mais tarde, com todos os detalhes…
Atrás das Gungas
Também aproveitei para caçar e passei alguns dias atrás dos Elandes. Estes antílopes sempre fizeram parte da minha vida, desde pequenino que ouvi a minha mãe contar as histórias das Gungas no Cuando Cubango e a dizer que é a melhor carne de todas. Também é a opinião de muitas pessoas, mas os Elandes têm mais um atrativo, são talvez os antílopes que mais
gosto de caçar…é quase como caçar Búfalos. Não existe o fator perigo, mas estes “Gentis Gigantes” andam mais que os Búfalos, nunca param para descansar… Ao longo do Safari vimos alguns Elandes, mas fêmeas com crias ou machos jovens. Até que na manhã do penúltimo dia encontrámos uma manada com mais de duas dezenas de animais. Era ainda muito cedo e estavam numa chana, dava para ver que o grupo tinha dois ou três machos adultos. Mas o vento estava péssimo, forte e
a soprar nas nossas costas. As Gungas apanharam‑nos o cheiro e saíram a correr em direção a uma liputa extremamente cerrada. Ainda as tentámos seguir durante algum tempo, mas o vento continuava forte e a rodar em todas as direções e os Elandes nunca pararam. Resolvemos voltar ao jipe e mudar de área, pouco tempo depois uma manada de Zebras atravessou a picada. Saímos do carro e tentámos segui‑las a pé, enquanto o Samuel, o nosso pisteiro e condutor, foi parar o jipe mais à frente. A nossa história com as Zebras neste Safari é aquela que já sabemos, mas quando voltámos ao carro o Samuel tinha
novidades… Enquanto tentávamos as Zebras, um Elande enorme atravessou a picada à frente do Samuel, que nos disse ser o maior que alguma vez tinha visto. A partir dali passou a ser o nosso objetivo, a sua pegada era mesmo muito grande…
Entrámos na liputa e seguimos o rasto com muita dificuldade. O chão duro e a erva seca não facilitavam as coisas, mas fomos
progredindo lentamente durante mais de uma hora. O pisteiro estava cada vez mais compenetrado e eu também conseguia ver que as pegadas e o excremento eram cada vez mais frescos, estávamos a ganhar terreno…até que de repente duas galinhas do mato que estavam muito próximas, tapadas pela vegetação, levantaram voo a cacarejar, pondo tudo em alvoroço e quase ao mesmo tempo ouvimos o Elande a correr à nossa frente. Ainda assim não desistimos e a hora seguinte foi quase a repetição da anterior. Até conseguimos evitar algumas galinhas do mato que fomos encontrando, mas nesta aproximação o alarme foi dado por uma família de Facocheros que não vimos e podem imaginar o que aconteceu, a Gunga nunca mais parou. Fomos até a uma lagoa que o Samuel conhecia, onde esperámos várias horas, com a esperança que aquele Elande ali fosse beber. Mas para meu desespero só vimos Facos e galinhas do mato, que desta vez amaldiçoei! Ao final da tarde demos uma volta de jipe pela mesma zona da concessão e quase ao pôr do sol vimos três Elandes machos, na orla de uma liputa. Um deles era imponente, muito grande e escuro, mas não era o que o Samuel tinha visto de manhã, que dizia ser mais alto e mais aberto. Iniciámos a aproximação, as Gungas entretanto meteram‑se na liputa, seguimos‑lhes o rasto mas a noite chegou antes de as conseguirmos alcançar.
O maior que alguma vez tinha visto
No dia seguinte, o último do Safari, o George decidiu chamar o Ryan, um jovem caçador profissional, para caçar com o Luís, para que nós os dois e o Samuel tentássemos procurar a Gunga grande, da manhã anterior. O plano era irmos até uma chana próxima do sítio onde o pisteiro tinha visto o grande antílope, na primeira vez. O Sol ainda não tinha nascido quando saímos do jipe e caminhámos quase meia hora até essa pastagem. Assim que chegámos à orla da mata, os três, ao mesmo tempo,
vimos a Gunga ao longe. Era tudo aquilo que o Samuel nos tinha dito e mais um bocado… um macho soberbo, escuro e com uns cornos muito altos, grossos e abertos… O Elande estava a mais de dois quilómetros, voltámos a entrar na mata e começámos a correr, para ganhar terreno o mais depressa possível. Ao fim de uns dez minutos parámos e voltámos à orla da liputa, o macho continuava quase no mesmo sítio, mas nós estávamos bastante mais perto, a cerca de quinhentos metros.
A partir dali a aproximação foi feita com todas as cautelas e muito lentamente, uma brisa fraca soprava de feição… A Gunga ia‑se aproximando da mata, o que aumentava a nossa ansiedade, pelo receio de se repetir a história do dia anterior. Até que chegámos a cerca de duzentos metros e disse ao George que era melhor atirar dali. Escondemo‑nos na erva alta, coloquei‑me de joelhos, ajustei o tripé e coloquei a mira nos aumentos máximos… aquele era definitivamente o maior Elande que alguma vez tinha visto… O antílope começou a caminhar na nossa direção e resolvemos esperar. O George ia‑me dando as leituras do range finder, 190, 180, 170… e a Gunga parou a olhar para onde estávamos. Tinha chegado o momento, o macho estava de frente e ligeiramente de lado… desta vez não ia falhar… apontei onde adivinhava o coração, respirei fundo, apertei o gatilho e o tiro da .375 H&H acertou em cheio. Ouvi perfeitamente o som da bala a bater no Elande, que deu um grande salto e correu para a mata. Levantámo‑nos e também corremos na sua direção, mas ouvimos quase de imediato mato a partir e o bicho a cair com estrondo. Aproximámo‑nos e pude confirmar aquilo que eu suspeitava, aquela grande Gunga era a melhor que alguma vez cacei. A caçada estava terminada e ainda pouco passava das seis da manhã! O Luís também teve um bom
dia de caça e acabou por conseguir todos os animais que mais desejava. Tive pena que não estivesse connosco quando cacei o Elande, mas sei que voltaremos a caçar juntos, foi um enorme prazer acompanhá‑lo no seu primeiro Safari no Continente Negro. Para que haja caça, em África ou onde quer que seja, é preciso que surjam novos caçadores e a geração do Luís é o futuro.
O primeiro Safari pode não ser o maior dos desafios da vida de um caçador, também nunca será a caçada mais fácil, mas é uma experiência inesquecível. Tenho a certeza que o Luís, por muitos Safaris que faça, vai recordar para sempre o primeiro amanhecer naquela liputa do Limpopo, a sua primeira Impala, a aproximação no meio das espinheiras, aquele grande tiro
e todos os que estavam com ele. Mais uma vez a minha terra foi muito generosa. A mim deu‑me uma grande Gunga entre
chanas e liputas e proporcionou um primeiro Safari fantástico, a um jovem caçador que fez tudo para o merecer.