No dia 8 de setembro, realizar-se-á uma prova de Santo Huberto que corresponde à 2ª qualificativa do Troféu CPDK – Estremoluz.
A prova será realizada na Herdade da Bragança, em Vendas Novas. Brevemente, o CPDK disponibilizará mais informação.

Há uns tempos recebi um e-mail de um rapaz que me perguntava como poderia ser caçador em Portugal. Não tinha ninguém da família caçador, inclusive não tinha nenhum amigo ligado a este mundo; mas, sem saber explicar porquê, gostava de ser caçador. Ora, para quem “parte do zero”, não há nada que diga aquilo que deve ser feito (e como deve ser feito). Mas de quem seria esta responsabilidade? Nossa? Das OSC? De alguma outra entidade? Ou de todos nós, enquanto caçadores?
Já por várias vezes tinha pensado neste assunto e, inclusive, debatido com outros caçadores acerca da importância de sermos mais abertos enquanto classe. Não somos um núcleo fechado; ou pelo menos não o deveríamos ser. Se um dos objetivos enquanto caçadores e amantes da natureza é trazermos mais pessoas para esta arte, então teremos mesmo de ter uma
“open mind” e um espírito de entre ajuda. E não podemos pensar somente no nosso umbigo e na nossa caça. Há uns tempos li na revista Caça & Cães de Caça um artigo em que o autor dizia que se durante a vida toda ajudarmos uma pessoa a tornar-se caçadora, poderíamos ficar satisfeitos, com o dever de missão cumprida. Ora, se dos mais de 100 mil caçadores que tiram a licença estivesse incutido este objetivo, dentro de uns tempos teríamos mais 100 mil caçadores. Bem sei que uma coisa é o mundo com que idealizamos, e outra é o mundo real. Mas não custa tentar; e a vida é feita de encontros e desencontros; e talvez num desses encontros possamos tirar proveito e incutir a alguém o espírito da caça. Talvez este rapaz que me enviou o e-mail não vá ler este artigo. Nem ele, nem todos aqueles que possam estar numa situação idêntica. Até porque muitos nem sabem que existe uma revista ou um site de caça em Portugal. Mas creio que quero com estas palavra refletir (e que todos o possam também fazer) sobre a importância de estarmos capacitados para ajudar alguém que nada sabe sobre caça, mas que tanto quer saber…

Bem sabemos que infelizmente em Portugal os jovens não estão muito “virados” para a caça; contrariamente a outros países
da Europa em que ser caçador já se tornou numa moda (ou ser somente um caçador influencer das redes sociais). Claro que a
sociedade em que estamos inseridos não abona a nosso favor; nem os meios de comunicação social ajudam; caso contrário
tudo poderia ser mais simples.
PROGRAMA DE APOIO
Mas mediante esta situação, creio que primeiro que tudo seria urgente criarmos um programa de apoio a jovens caçadores como, inclusive, se faz noutros países. Haver uma organização, uma associação (ou como quiserem chamar) que se dedicasse
exclusivamente aos jovens na caça. Ajudasse, explicasse, tivesse um site em que tudo estivesse impecavelmente clarificado, ações para serem feitas com jovens, prémios, ajudas, etc. Sem o intuito de se receber algo em troca, fazendo-o somente porque é urgente haver alguém que ajude os jovens caçadores em Portugal e que lhes explique a caça, a ética da caça, todas as questões associadas, e que os leve a caçar.
Este rapaz, que me contactou onde vai ele caçar? Com quem irá ele caçar, se não tem ligação a este mundo? Bem sei que existem muitos caçadores que o podem ajudar a integrar-se, no entanto, este primeiro contacto irá ser difícil, e ele não terá ninguém que o ajude. Se houvesse uma associação que fosse de encontro a este objetivo (entre tantos), creio que seria bem mais fácil. Facilidade… Os jovens de hoje (e também os adultos) gostam que as coisas sejam fáceis, rápidas; não têm tempo para esperar. Muitos podem acabar por desistir, pois este é um processo complicado, para quem nada sabe. Muitas vezes até para nós, por isso imaginemos para quem começa nestas andanças sem ninguém ao lado…
Lanço então este desafio a quem o quiser abraçar; a todos enquanto indivíduos, mas também às organizações e entidades
ligadas à caça. Vamos pensar nos jovens e na importância que eles têm (e terão) para a arte cinegética, gestão e conservação da natureza no futuro.
Porque se não formos nós, quem será?
No passado dia 30 de julho decorreram as eleições para os órgãos sociais da Federação Alentejana de Caçadores (FAC), para o triénio 2024/2027.
A FAC, com sede em Beja, foi fundada em 1988, tendo sido presidida por José Bernardino nos últimos anos (estava já no seu terceiro mandato). Para estas eleições, houve uma nova lista a concorrer, presidida por Nuno Ferro (na imagem seguinte apresentam-se todos os membros da lista).

Estas foram as eleições com maior participação na história da FAC e que garantiram a vitória à lista presidida por Nuno Ferro. Após esta vitória, Nuno Ferro salientou que “Das referidas eleições resultou a eleição de uma lista, na qual consto como presidente da Direção, mas que é, sobretudo, composta por Gente de grande valor e com muita motivação para fazer o que de melhor se consiga pela valorização e defesa da Caça, dos Caçadores e dos Associados da Federação. A Federação não se esgotará nos Órgãos Sociais, pois há que criar e implementar algumas secções que são indispensáveis a uma melhor e mais especializada atividade federativa. Os associados podem contar com o nosso empenho e total disponibilidade, da mesma forma que contamos com as vossas sugestões e apoio. O nosso espírito é de missão e mais que as palavras que pudesse agora estar a escrever, quero que sejam os atos futuros a falar pelo nosso valor. Como escrevia Edmund Burke: “Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco.” É assim que vou para esta missão!”
No dia 25 de julho, foram reintroduzidos 11 veados-vermelho (10 fêmeas e 1 macho), na Quinta do Pisão, em Cascais. A iniciativa visa a renaturalização da Quinta, proteção de raças autóctones e gestão dos matos, reduzindo o risco de incêndios.

O evento contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, João Moura; o Presidente da Câmara Municipal de Cascais e o Vice-Presidente, Carlos Carreiras e Nuno Piteira Lopes, respetivamente; o Vereador, José D’Almeida; o Presidente e o Diretor da Cascais Ambiente, Luís Capão e João Melo, respetivamente; o Presidente e Vice-Presidente do Clube Português de Monteiros, Artur Torres Pereira e Nelson Neves, respetivamente, entre outros convidados/especialistas.
No vídeo seguinte é possível vermos um bocadinho daquilo que aconteceu neste dia tão importante para a biodiversidade e conservação da natureza. Segundo o site da Câmara Municipal de Cascais, João Moura referiu (no seu discurso) que “tem sido uma valorização de um território imenso que está aqui na proximidade de uma malha intensa urbana e que, segundo me transmitiram com muito agrado, se verifica que é um dos spots mais visitados do município de Cascais, e portanto as pessoas têm um agrado muito grande por tudo o que tem a ver com o mundo rural”. Carlos Carreiras referiu que têm “vindo a introduzir um grupo de espécies, no parque, que garante a sua preservação”.
Já Luís Capão disse que “estes mamíferos vão abrindo clareiras, vão criando novas rotas, vão permitindo, com essas novas clareiras, a criação, a entrada, e o aparecimento de novas espécies. Por exemplo, como faz o trabalho das ovelhas campaniças, dos garranos na peninha, dos corços que já temos também, ou como os cavalos Sorraia, e os burros lanudos de Miranda têm feito, tornando os ecossistemas de Cascais mais diversos. Assim, a nossa paisagem pode estar mais resistente e, de facto, mais preparada para aquilo que é o fenómeno natural da bacia do Mediterrâneo, onde Cascais obviamente se insere, trazendo os fenómenos extremos das alterações climáticas, onde o incêndio, de facto, se insere”.
Já o Clube Português de Monteiros (na sua página de Facebook) refere que “É assim que se reduz radicalmente o risco de incêndios num espaço natural como o de Sintra-Cascais. Foram décadas de decisões erradas e mal estruturadas, onde se achava que proteger os espaços verdes, a natureza e a biodiversidade, era colocar placas de reserva natural e deixar tudo entregue a si mesmo. Mas o caminho é outro… O CAMINHO É ESTE … Uma reserva natural tem de ser cuidada. Uma reserva natural tem de ter espécies vegetais e animais em equilíbrio. O ser humano tem de actuar activamente na vegetação quando aparecem espécies invasoras. O ser humano tem de repor na natureza as espécies animais selvagens que, um dia fugiram, quando lhes ocupámos e destruímos os habitats naturais. Para a história e como exemplo a seguir, fica uma empresa municipal, a Cascais Ambiente, que por iniciativa da autarquia deu o exemplo de como se deve prevenir fogos ao mesmo tempo que se trata da floresta e se devolve ao seu habitat natural algumas espécies selvagens, com uma formula diferente de defender a biodiversidade e os ecossistemas. Mais relevante ainda foi a presença importantíssima do actual governo da nação, que soube perceber a relevância deste evento e se fez representar pelo Secretário de Estado da Agricultura, João Moura, dando um sinal político sem precedente na última década.”
Há alguns números referentes à caça e aos caçadores, em 2023, que são interessantes. Os mesmos são publicados pelo Público, suportados por dados do Instituto Nacional de Estatística. Deixamos aqui um breve resumo dos mesmos.

Números relativos a 2023
É já este fim-de-semana, dias 27 e 28 de julho, que decorrerá a 5ª Exposição Canina Luso Ibérica, em Esposende.
O programa contará com várias atividades: no sábado haverá exposição de cães de caça (com matilhas de caça maior, caça menor, cães de parar e galgos), demonstrações de cetraria, concurso de beleza canino, e ainda animação noturna. Já no domingo, a exposição de cães de caça será também realizada, bem como uma prova de trabalho de cães coelheiros em parque cercado. Todos os eventos têm início a partir das 10h00.
Esta feira conta com vários apoios do município e Junta de Freguesa, bem como da APMCM e o Clube de Caça e Pesca de Antas.
Visite este evento!

A chegada do verão anuncia-nos a entrada na reta final para a primeira abertura de caça; pombos e patos dão o mote para o arranque da nova temporada. Com apenas algumas semanas a separar-nos desse primeiro dia, nada melhor do que pensar no “estojo” que vamos levar. E os cartuchos são a primeira coisa que nos vem à cabeça!

A Winchester apresenta propostas muito interessantes para a caça das migradoras de verão, pombos, patos e codornizes, com opções para os adeptos das cargas mais fortes e para os que preferem começar a época com maior suavidade, mantendo a eficácia. Pegamos em cinco cartuchos, três carregados com chumbo e dois com granalha de aço, e fomos “à chapa” avaliar composições para depois tirarmos as nossas ilações.
Extra Pigeon
São 37 gramas de chumbo revestido a grafite e perfeitamente esférico para garantir as melhores performances balísticas, tanto na penetração do tiro como na composição. E neste último campo, que podemos observar na chapa, o Extra Pigeon é um cartucho fenomenal! Uma composição perfeita aos 32 metros, com um centro sem uma “nesga” e uma confortável aba de tiro entre os 70 e 90 centímetros da zona alvo. Aumentando a distância, até aos 40 metros (máxima distância que experimentamos), continua com boa distribuição. É um cartucho com invólucro de 70 mm, copela de 16 mm e bucha plástica. A velocidade anunciada é de 405 m/s. Efetuamos o teste com chumbo 5, mas também está disponível em 6.

Super XX
Tem uma lebre na caixa mas é um cartucho que foi desenvolvido também para a caça de aves mais resistentes, como o faisão e o pombo-torcaz, que é o que nos interessa agora. Com 35 gramas de chumbo o Super XX é um cartucho rápido (410 m/s), que nos mostrou uma boa distribuição e com uma aba de tiro suficiente para nos desculpar um desconto menos bem executado. Nas zonas alvo de 70 centímetros a densidade de impactos é elevada, sem margem para escapar qualquer peça de caça. Mesmo com 35 gramas é um cartucho de grande conforto de tiro, portanto, se é adepto de cargas mais fortes, mesmo no verão, tem de experimentar o Winchester Super XX. Escolhemos o chumbo 6, mas também temos como opção o número 5.

Special Fibre 32
O que faz aqui um cartucho com bucha de feltro? A verdade é que o Special Fibre é um cartucho tão eficaz nas mais diversas situações de caça que é – sem margem para dúvida – uma excelente opção para quem privilegia o conforto de tiro em dias quentes (com menos roupa a proteger o ombro) e não renuncia à eficácia. O Fibre é um cartucho extraordinário! De grande regularidade, com uma velocidade interessante e um conforto excelente. A distribuição é segura, ou seja, tem uma composição irrepreensível no interior das zonas alvo até aos 70 centímetros e uma aba de tiro confortável, mesmo não sendo excecional a partir dos 35 metros. Gostamos do chumbo 7, por ser uma boa aposta para os torcazes que entram até média distância. Também está disponível em 5, 6, 8, 9 e 10.

Silver Steel
Na verdade, o Silver Steel é um cartucho concebido para o tiro aos pratos, onde o chumbo já está interdito. Mas o seu comportamento (tenho caçado às narcejas com ele) é de tal forma interessante que considero ser um excelente cartucho para as codornizes em “zonas húmidas” (ou o que lá seja isso…) e/ou onde o chumbo estiver interdito. Tem “apenas” 24 gramas e é em número 7, mas temos de aplicar as regras de conversão; 24 gramas de aço são mais bagos do que chumbo, e o #7 tem a energia idêntica a um bago entre 8 e 9 de chumbo. É mais ou menos isto! A verdade é que o Silver Steel arrasou no tiro “à chapa”, com uma densidade de bagos a 32 metros que nos fará ter cuidado na escolha do choke. Todos os cartuchos foram testados com choke ***, o que para um tiro com bagos de aço é equivalente a um **, algo que ninguém usaria na caça à codorniz. No entanto aqui pretendíamos ter um termo de comparação. A minha escolha na gama Winchester para a “pequena africana” – se o chumbo for proibido – será sem qualquer dúvida o Silver Steel 24 gramas, em #7 e choke cilíndrico. Este cartucho pode ser disparado por todas as espingardas 12/76, mesmo sem prova de aço.

ZZ CANARD
Um cartucho para ser usado apenas por espingardas aprovadas para tiro com projéteis de aço; “Steel shot”. Com invólucro de 76 milímetros, copela 20 e 33 gramas de granalha de aço que sai do cano a 440 m/s! Portanto, quem gosta de tiros rápidos… Mostrou uma composição muito densa aos 32 metros com o choke *** (que equivale a ** com projéteis de aço) e, sendo também um tiro muito rápido, o ZZ Canard estará apto para a caça aos patos que não se chegam ao plano de água. A carga está protegida por uma fina película que protege os bagos de aço da corrosão. A escolha em #3 está adequada à peça de caça (patos), garantindo uma boa eficácia nos tiros a média e longa distância.

Disparar com aço; cuidados com os chokes!
Os cartuchos carregados com bagos de aço vão obrigar-nos a fazer uma leitura diferente dos chokes. O comportamento do tiro com os bagos de aço é mais fechado; isso a um choke 2 estrelas (** /Improved Modified / ¾ ) para tiro a chumbo, corresponderá a um Full Choke num tiro com granalha de aço. Para facilitar, os chokes aptos a disparar tiros carregados com aço têm habitualmente essa inscrição. Além disso, nunca deve disparar cartuchos carregados com aço em canos Full e Extra Full, na designação para tiro a chumbo.

Análise dos tiros "à chapa"
| WINCHESTER | |||||
| Silver Steel* | Special Fibre 32 | Super XX | Extra Pigeon | ZZ CANARD** | |
| Calibre | 12/70 | 12/67 | 12/70 | 12/70 | 12/76 |
| Comp. invólucro Copela | 20 mm | 16 mm | 20 mm | 16 mm | 20 mm |
| Bucha | Plástica | Feltro | Plástica | Plástica | Plástica |
| Carga | 24 g / aço | 32 g /chumbo | 35 g / chumbo | 37 g / chumbo | 33 g / aço |
| Número testado | 7 | 7 | 6 | 5 | 3 |
| Outros números | – | 5, 6, 8, 9 e 10 | 5 | 6 | – |
| Velocidade (V0) | n.d. | 395 m/s | 410 m/s | 405 m/s | 440 m/s |
| Espingarda de teste | BROWNING A5 cal. 12/76 – cano de 66 cm | ||||
| Distância de tiro | 32 m | ||||
| Choke | *** | ||||
| Impactos na zona alvo 30 cm | 154 | 64 | 103 | 74 | 72 |
| Impacto na zona alvo entre 30 e 70 cm | 91 | 89 | 97 | 92 | 85 |
| Total de impactos (70 cm) | 245 | 153 | 200 | 166 | 157 |
| Aba de tiro | Praticamente nula | Boa | Boa | Muito boa | Regular |
| PVP (cx. 25 uni. /IVA incl.) | 8.75€ | 23.25€ | 26.00€ | 24.25€ | 29.25€ |
Distribuidor: BRG, Lda. Tel.: 210 115 740.
brgpt.com
A notícia é avançada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF): há uma nova colónia de abutres-pretos numa zona de caça no concelho da Vidigueira.
No âmbito das ações de monitorização levadas a cabo pelo ICNF, foi descoberta uma nova colónia de abutres-pretos (espécie em Portugal com estatuto “Criticamente em Perigo”) com dez indivíduos adultos, na Herdade do Monte da Ribeira (Vidigueira). Ora esta Herdade é uma conhecida zona de caça, onde maioritariamente são feitas montarias.

O ICNF avança que esta colónia, identificada em plena época de reprodução, deve ser constituída por quatro ou cinco casais reprodutores, embora só tenham sido observados quatro ninhos, onde um tinha um juvenil já emplumado. A Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo, juntamente com os proprietários da Herdade estão neste momento a monitorizar esta colónia, de forma a que seja salvaguardada.
De referir que em 2019 surgiu uma colónia na Herdade da Contenda (outra zona de caça), em Moura, que tem atualmente 11 casais. E com esta nova descoberta passam a cinco o número de colónias (conhecidas) de abutre-preto no país.
Fonte da notícia: ICNF
No Parlamento, Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, fez uma denúncia sobre o abate de sete javalis na Serra da Arrábida, em frente a crianças; mas a mesma já foi desmentida, pois “a lei foi cumprida e estão previstas ações de correção de densidade populacional”.
Segundo noticia o JN, e após esta denúncia da deputada do PAN, a ministra do Ambiente referiu estar “muito triste” com a situação que que o mesmo não se podia repetir. Contudo, a verecidade dos factos parece ter vindo ao de cima, pois o Clube da Arrábida, cujo Presidente é Pedro Vieira, repôs a verdade, afirmando que a ação foi legal, fora do areal e sem tiros disparados junto a crianças. Mais, afirmam que é lamentável que “o PAN difunda notícias que não correspondem à realidade e que a ministra, em resposta, condene uma ação que não conhece e que é perfeitamente legal”.

A notícia do JN refere ainda que Pedro Vieira conta que no dia 3 de julho, por volta das 20h30 “foram credenciados dois caçadores pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para levar a cabo uma ação de correção de densidade populacional de javalis na praia do Creiro, onde eram avistadas frequentemente javalis e suas crias a roubar comida dos banhistas. Perante o perigo para a população, visto que os javalis são animais selvagens e há crias já em fase de reprodução, houve uma ação que resultou no abate de seis javalis para controlar o problema”.
Pedro refere ainda que estas “há cada vez mais queixas por moradores, banhistas e proprietários de restaurantes sobre a presença cada vez maior de javalis e estas ações de correção de densidade populacional decorrem no âmbito de um protocolo entre ICNF, autarquia de Setúbal e Clube da Arrábida”, legalmente autorizadas.
Para quem não conseguiu estar presente em mais uma edição da Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza, que se realizou de 5 a 7 de julho, em Albufeira, deixamos aqui um rescaldo daquilo que aconteceu.
Segundo a Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP), “foram três dias repletos de atividades para diferentes gostos: exposições de animais, produtos e artefactos ligados à caça e à pesca; gastronomia; artesanato; demonstrações cinotécnicas; espetáculos equestres; concursos; reuniões entre dirigentes do setor e um colóquio sobre a importância da caça para a vigilância na sanidade animal”.
No dia 5 de julho, o certame recebeu a presença do Sr. Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, para fazer a inauguração do mesmo. Este “enalteceu, ainda, o papel das autarquias e entidades regionais como parceiros fundamentais para concretizar uma política de gestão do território”, segundo a CNCP. Além disso, e durante este momento, esteve também presente o Sr. presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, que segundo a mesma fonte “sublinhou a abrangência do evento e a possibilidade de se poder contactar com várias realidades, pois esta Feira serve também para mostrar que Albufeira é mais do que um destino turístico de sol e praia, uma vez que o interior do território tem paisagens e tradições que importa preservar e divulgar”
Já o Sr. Presidente da Federação de Caçadores do Algarve, Vitor Palmilha, explicou e realçou que esta Feira era única e que se diferenciava de todas as outras, por “ser mais abrangente, por estar localizado num destino central e de grande notoriedade, e por ser o único realizado no verão”, segundo a CNCP. Vitor Palmilha deixou ainda, durante a sua intervenção, algumas medidas que, no seu entender, podem ser favoráveis para a caça e caçadores, nomeadamente: “a necessidade de se regularizar a caça ao javali, por um período de dois anos; reinvestir no Centro de Competências para o Estudo, Gestão e Sustentabilidade das Espécies Cinegéticas e Biodiversidade com projetos palpáveis, que permitam uma gestão sustentada dos recursos cinegéticos; dar continuidade ao Programa ProROLA, um instrumento com um papel importante no crescimento da rola brava e que permitirá que se volte a caçar esta espécie em Portugal; introduzir, com urgência, uma moratória que permita a caça à rola turca, espécie que pode transmitir doenças a outras aves, incluindo a perdiz”.
Esta foi uma Feira que, mais uma vez, atraiu milhares de visitantes. Segundo notícia no site Algarve Vivo, estiveram presentes cerca de 35 mil pessoas, que tiveram oportunidade de visitar mais de 200 expositores.










