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Reintrodução de veado-vermelho ibérico em Cascais

by Redação

No dia 25 de julho, foram reintroduzidos 11 veados-vermelho (10 fêmeas e 1 macho), na Quinta do Pisão, em Cascais. A iniciativa visa a renaturalização da Quinta, proteção de raças autóctones e gestão dos matos, reduzindo o risco de incêndios.

Foto: Câmara Municipal de Cascais

O evento contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, João Moura; o Presidente da Câmara Municipal de Cascais e o Vice-Presidente, Carlos Carreiras e Nuno Piteira Lopes, respetivamente; o Vereador, José D’Almeida; o Presidente e o Diretor da Cascais Ambiente, Luís Capão e João Melo, respetivamente; o Presidente e Vice-Presidente do Clube Português de Monteiros, Artur Torres Pereira e Nelson Neves, respetivamente, entre outros convidados/especialistas.

No vídeo seguinte é possível vermos um bocadinho daquilo que aconteceu neste dia tão importante para a biodiversidade e conservação da natureza. Segundo o site da Câmara Municipal de Cascais, João Moura referiu (no seu discurso) que “tem sido uma valorização de um território imenso que está aqui na proximidade de uma malha intensa urbana e que, segundo me transmitiram com muito agrado, se verifica que é um dos spots mais visitados do município de Cascais, e portanto as pessoas têm um agrado muito grande por tudo o que tem a ver com o mundo rural”. Carlos Carreiras referiu que têm “vindo a introduzir um grupo de espécies, no parque, que garante a sua preservação”.

Já Luís Capão disse que “estes mamíferos vão abrindo clareiras, vão criando novas rotas, vão permitindo, com essas novas clareiras, a criação, a entrada, e o aparecimento de novas espécies. Por exemplo, como faz o trabalho das ovelhas campaniças, dos garranos na peninha, dos corços que já temos também, ou como os cavalos Sorraia, e os burros lanudos de Miranda têm feito, tornando os ecossistemas de Cascais mais diversos. Assim, a nossa paisagem pode estar mais resistente e, de facto, mais preparada para aquilo que é o fenómeno natural da bacia do Mediterrâneo, onde Cascais obviamente se insere, trazendo os fenómenos extremos das alterações climáticas, onde o incêndio, de facto, se insere”.

Já o Clube Português de Monteiros (na sua página de Facebook) refere que “É assim que se reduz radicalmente o risco de incêndios num espaço natural como o de Sintra-Cascais. Foram décadas de decisões erradas e mal estruturadas, onde se achava que proteger os espaços verdes, a natureza e a biodiversidade, era colocar placas de reserva natural e deixar tudo entregue a si mesmo. Mas o caminho é outro… O CAMINHO É ESTE … Uma reserva natural tem de ser cuidada. Uma reserva natural tem de ter espécies vegetais e animais em equilíbrio. O ser humano tem de actuar activamente na vegetação quando aparecem espécies invasoras. O ser humano tem de repor na natureza as espécies animais selvagens que, um dia fugiram, quando lhes ocupámos e destruímos os habitats naturais. Para a história e como exemplo a seguir, fica uma empresa municipal, a Cascais Ambiente, que por iniciativa da autarquia deu o exemplo de como se deve prevenir fogos ao mesmo tempo que se trata da floresta e se devolve ao seu habitat natural algumas espécies selvagens, com uma formula diferente de defender a biodiversidade e os ecossistemas. Mais relevante ainda foi a presença importantíssima do actual governo da nação, que soube perceber a relevância deste evento e se fez representar pelo Secretário de Estado da Agricultura, João Moura, dando um sinal político sem precedente na última década.”

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